quarta-feira, 11 de maio de 2011

Quando vejo uma criança dormir


Eu gosto de crianças. Quando era mais nova e ainda não sabia “o preço das coisas” dizia que queria ter três filhos: Assim como a minha mãe. Aliás, almejava imitar em quase tudo a minha mãe, que as pessoas que conhecem, sabem que é fantástica. Hoje, diminuí o número de herdeiros que quero ter, mas ainda quero ser mãe. Esse desejo que acompanha a maioria das mulheres se manifesta em mim em diversas ocasiões, mas, sobretudo quando vejo uma criança dormir. E no início dessa noite, na correria da volta pra casa, no ônibus cheio e quente, pude experimentar mais uma vez esse prazer. E me lembrar porque é tão bom ver uma criança dormir.
Quando isso acontece, tenho esperança de que as coisas vão melhorar. Consigo enxergar a ternura através daquela cena tão sublime como é a cena de um bebê dormindo.  Acredito piamente que os homens serão menos egoístas e mais gentis. Que o bom senso prevalecerá e as pessoas se tratarão melhor. Acredito que a cura para mais doenças será descoberta. Acredito que mais pessoas serão curadas da depressão, do mau humor, da hipocrisia. Quando vejo um bebê dormindo dá vontade de sorrir para todos! De fazer uma coisa boa para o primeiro desconhecido que me aparecer. Questiono a legitimidade das minhas reclamações e a sinceridade das minhas atitudes. Um bebê dormindo me faz pensar; O que eu tenho feito da minha vida? O que tenho deixado a vida fazer de mim? É como se diante daquele ser tão frágil, tão precioso, eu conseguisse ver minha alma num espelho. E ter esperança de que tudo pode ser diferente!
Hoje eu havia pensando em escrever sobre a gentileza que está acabando e como as pessoas estão tão intolerantes e nervosas. Eu escreveria também sobre a desconfiança generalizada que vivemos e como é duro conviver com tanta gente desonesta e egoísta. Mas hoje eu vi um bebê dormindo. Ele estava tão tranquilo e indiferente a toda agitação ao seu redor! Sem saber meu nome, ou sequer da minha existência, ele me fez desistir de escrever sobre tudo isso, e pensar: É possível. Amanhã será um dia melhor. Precisa ser. Por ele.

Um comentário:

  1. Sou suspeita para falar de crianças, filhos...

    Vc descreveu perfeitamente como é vê-los dormir. È uma paz tão grande, uma inocência fora do comum. Se ficar observando por muito tempo, nossa!!! Viajamos...
    Se bem que acho isso de criança ate quando estão acordadas rsrsrs.
    Mais como já disse sou suspeita, pois tenho os meus dois anjos, que são maravilhosos.
    Assim como vc. Que tenho como uma super amiga, que tenho um carinho enorme (acho que sabe disso). Esta de parabéns, ADOREI todos os textos.
    Continue escrevendo sempre Aline, mulher, menina, curiosa, turismóloga, romântica... Não esqueceu, do linda, perfeita, não sei mais o que, bla bla bla e Modesta (como costumava dizer na secretaria da POS) que saudade.. ai ai

    AMO VC... Muto, muto

    Beijos,

    Sandra.

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